quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Problemas tecnológicos

A tecnologia está nos destruindo! Não há como negar! As evidencias são gritantes. Começou com o [1]avanço mercantil. A igreja perdeu seu poder e o dinheiro assumiu o trono de rei do mundo. O “X” da questão é que a igreja é uma instituição humana, como tal sujeita a erros e defeitos como todos. Mas com todos eles acredito que é preferível [2]ter um papa como líder a um Bush...

Taxam a igreja medieval de injusta! Olhando a atual situação do mundo, não posso acreditar nessa afirmação. Os desmatamentos, o aquecimento global, a violência, as guerras tecnológicas, etc. Isso sim é o anticristo! O mundo é cruel e desumano, e agora os pobres não têm mais nem o amparo religioso...

Maldito sejam os avanços! Maldito sejam os cientistas! Um dos geradores dessas atuais discrepâncias. A fogueira é realmente horrível, mas será mesmo (analisando o mundo hoje) que aqueles [3]Adões e Evas medievais não mereciam quando teimavam em buscar a perigosa maçã? Há de se questionar a respeito das liberdades, mas será mesmo que o preço a ser pago por termos amparo psicológico não vale a pena?

Não sou hipócrita! Não defendo a igreja! Ela não é nem nunca foi uma instituição perfeita! E no passado, bem como no presente, ela não se preocupava exclusivamente com os pobres. O que ponho em cheque é a nossa mania de tentarmos ser soberanos! Somos e sempre seremos limitados! A ciência não pode substituir Deus! E tem desesperadamente tentado e, na prática, conseguido matar o sentimento divino que as pessoas tinham dentro de si.

Temos muito pouco tempo e não nos damos conta disso! Damos ênfase aos avanços tecnológicos, mas a cada dia só vejo o apocalipse avançar. Dizem que as coisas estão ficando melhores, mas uma simples pergunta me deixa de cabelo em pé quando penso nisso: para quantos e até quando?

O movimento [4]Ludita e mesmo a inquisição realmente não “tinham razão”? Eu sei que isso parece maluco! Mas reflita! O capitalismo só avança, diga-me só você, [5]Quantas guerras já ouviu falar que aconteceram por dinheiro? Sabe-me dizer quantas árvores foram derrubadas em prol do progresso (de uma minoria ínfima, claro!)?

Não digo que o poder deve voltar à igreja, sou humanista e ainda acredito no homem, apesar de tudo. Ainda há esperança! E ela deve respirar ações, não fé! A única fé que devemos ter é em nós mesmos, nos colocamos nessa situação, e podemos sair dela. Apesar de ter certeza que alguns, os mais frágeis, precisam do amparo religioso. Então, se tiver que voltar a força religiosa, que seja com moderação. Que tal um equilíbrio entre ciência e religião?

Vamos começar então com coisas simples e eficientes. Como por exemplo, parar de votar por interesses pessoais ou por influência. Que tal, para começar, se informar sobre as propostas e o passado do seu candidato? Isso é difícil?

Que tal dedicar uma hora das 168 que você tem por semana a um trabalho filantrópico? É bom para seu currículo sabia? E bom também para a alma! Acredite, você sai dizendo: “Obrigado por me deixar ajudar!” É tão difícil oferecer-se numa instituição para ajudar?

Que tal olhar mais para as crianças de rua? Perguntas simples como e objetivas podem mudar o destino delas. Por exemplo: “Ta estudando? Você se dá bem com os colegas? Gosta de estudar?”, acompanhe-as do jeito que você pode, não custa nem 10 minutos dos 10080 que você tem por semana; Você não tem idéia do quanto uma conversa boba com uma criança desamparada poder fazer bem a ela. E mesmo a você! Nem que seja para perceber o quanto é abençoado.

Que tal cuidar melhor da sua família? Dói elogiar a comida da sua mãe? Dizer a seu pai que é um grande homem pelo menos uma vez por ano? Leva tanto tempo assim ensinar a lição de casa a seu irmãozinho? Aquele que não tem a paz no lar, não pode promovê-la fora dele.

O que acha de ser menos consumista? Falo de ligar menos para grifes, e ao invés de comprar uma camisa de 200,00 R$ que tal umas cinco de 20,00 R$? Será que não compensa mais? E com isso, além de aumentar consideravelmente seu guarda roupa, você estará contribuindo com a diminuição dos lucros exorbitantes das transnacionais.

E se você deixasse seu orgulho de lado e falasse mais com seus vizinhos? O que acha de dizer “bom dia” a um estranho pelo menos uma vez por semana? Experimente! Você só tem a ganhar.

Fazendo essas simples coisas, talvez eu ou você não mudemos o mundo, mas ajudaremos a melhorar nosso ciclo de convivência. E se agora é pouco, pense no exemplo que você dará com quase nenhum esforço! Imagine se você esforçar-se? Pense no futuro! Seja o futuro! Não o amanhã que o capitalismo vem ditando, mas seja a esperança na melhora, seja o diferencial e acredite que há esperança, pois enquanto gente como você existir ela nunca morrerá.

Se você agia diferente, não se envergonhe pelo que foi, mas se entusiasme com o que você pode ser. E assim, seja como Ghandi dizia: “A mudança que quer ver no mundo!”.


[1] Século XV, quando os comerciantes ascenderão e junto com as monarquias assumiram maior influência social.

[2] Apesar de ambos intervirem no destino das nações, o primeiro pelo menos dá amparo espiritual.

[3] Referência ao fruto proibido bíblico, que os primeiros humanos o comeram apesar das recomendações divinas.

[4] O primeiro foi um protesto na época da revolução industrial, quando trabalhadores desempregados quebravam as máquinas; O segundo foi um movimento na idade média que combatia heresias, e de fato queimaram muitos inocentes, fazendo isso em prol do conservadorismo.

[5] Sei que a mídia divulga guerras religiosas também, contra tal argumento, contra-argumento dizendo que além de não ser partidário a nenhuma religião, é comprovado que por trás de qualquer guerra religiosa existem motivos mundanos.

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